quarta-feira, 21 de abril de 2010

Você é puro e, de tão puro, transparente
Como a água de um córrego vertente
Entre pedras finas e reluzentes
Correndo ao sabor da luz que emana do sol.

O seu olhar brilha e tem brilho distante
Como o raio de luz que bate na água inconstante
que foge rápida e intermitente, qual sereia,
para o mar, que acaricia e umedece a areia.

O seu sorriso, que tanto amo e descrevo,
envove num enlevo de beleza e calma
onde, no deserto, se perdem caravanas inteiras.

Descrever este ser de olhar profundo e eterno
é verter fundo até o infinito d'alma
...alma absoluta, passageira.

Cada toque da sua mão exprime leveza e calor
dando a sensação de segurança e amor
num mundo conturbado e aturdido:

Ah, menino inseguro que carregou nos ombros
toda a incerteza de haver se achado,
permanecido intacto e depois se perdido...

Terá sido a morte o preço por haver (r)existido?
(Silvia, 1984)

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